segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Soneto da Solidão

Guardei os meus melhores sorrisos pra sua volta

pena, desde sua partida não mais sorri.

Comprei um terno riscado, do jeito que você sempre sonhou em me ver

guardei no fundo do baú do nosso quarto, esperando vê-la, envergando-o com toda pompa.


Mandei convidar todas as pessoas da cidade, armei um grande baile, com máscaras, toda decoração era inspirada no vermelho, cor de sua predileção.

Predispus doutores, escritores, sábios, uma corte em geral para, você, que não compareceu.

Mandei buscá-la em carro oficial, de emblema da família real, com brasão, dei o endereço ao chofer, que não soube chegar


Lamento muito,

lamento meu infortúnio

meu sono e dinheiro gasto

lamento minhas horas inutilizadas, mal distribuídas

lamento mais ainda não desfrutar de sua companhia


hoje, sinto falta de tudo o que ocorrera em nossa louca juventude

amanhã, começo de novo o dia.

Com o café na cama te esperando, o terno, flores, festa

e minha vida sem você.

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