sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Teresa


Tereza, negra Tereza...


Como não ver-te sorrir aos bambas destas alegres rodas dominicais? Esqueci-te bela? No samba do asfalto ao chão batido das favelas, do alto dos mangabeiras, ao mais alto do vera cruz. Tereza, quebra, requebra esse pobre coração, que só faz admirar o rodar do vestido vermelho, com um copo de cerva na mão... Na rua, na casa, ou no bar, não faça assim comigo, que de mestre sala passei pra amigo e agora sou multidão. Ah Tereza, se soubesses a alegria ao ver-te sábado a noite, você se espantaria, ouvindo aquela voz marcante, ou seu violão agitado, mas me calo ao te ver pulsando no pandeiro. Juro , parei de jogar, inclusive o meu truco, só pra ver você sorrir em cima do palco, do banco, do salto. Mesmo da ultima cadeira, o seu cabelo ainda anda arrumadinho, alguns te olham com desdenho, vivem frisando o desalinho, ou o desarranjo, mas logo ganham sonoras vaias como resposta. Tereza, fui procurar teu significado, enciclopédia, barça, mas eu só falo seu nome pensando em alegria, farra e boa companhia, lembro do meu bom e velho samba.



A minha nega do olho preto, azul, verde e castanho, você que me reflete a alegria de quem senta, ou pula pra te ver, roda a saia, por favor, garçom me traga uma cerveja e uma porção de batata, larga na mesa que eu vou levantar e dançar, me deixa ouvir Tereza tocar!

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