sábado, 14 de janeiro de 2012

Partilha

Ao nos divorciarmos, eu pensei tanto antes de assinar quele sorriso triste que você continha em seus lábios.

Abri os armários de casa, tinha feijão, café, arroz e as coisas dos meninos...
A geladeira, sempre farata e colorida, de legumes e besteiras, no banheiro, o impecavel, quele cheiro de rosas do nosso aromatizador... A cama, tanto a nossa, quanto a dos meninos, impecavel, com as roupas de cama e os lençois novinhos...
Mas acabou... Eu nunca deixei a toalha molhada sob nossa cama, não alterei meu tom de voz para falar com você, até me recordo de te mandar mensagens todo o dia te lembrando da importância da sua alegria para o meu dia atribulado fluir bem.
Pois é amor, na hora do cara-a-cara, foi só seu advogado, aquele maldito ser frio de oculos que só segue um roteiro pré definido empunhando uma caneta chique, eu lá com a minha bique, com a tampa mordida esperando os papéis para assinar. Travei, o coração desparou o suor corria gelado, bateu saudade, vontade, de você...
Se era seu desejo, assinei, marquei lá, mas por quê?

Quem vai ficar com o cachorro, a empregada e a tv? Pouco me importa! Eu queria estar do seu lado, aos fins de semana vendo a tosca programação brasileira da tv, dividir a cama, para de chamar as coisas de minha e começar a chamá-las de nossas!
Eu quero ter você na minha vida, de feira a domingo, começando pela segunda e sem hora para acabar!

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