Ao nos divorciarmos, eu pensei tanto antes de assinar quele sorriso triste que você continha em seus lábios.
Abri os armários de casa, tinha feijão, café, arroz e as coisas dos meninos...
A geladeira, sempre farata e colorida, de legumes e besteiras, no banheiro, o impecavel, quele cheiro de rosas do nosso aromatizador... A cama, tanto a nossa, quanto a dos meninos, impecavel, com as roupas de cama e os lençois novinhos...
Mas acabou... Eu nunca deixei a toalha molhada sob nossa cama, não alterei meu tom de voz para falar com você, até me recordo de te mandar mensagens todo o dia te lembrando da importância da sua alegria para o meu dia atribulado fluir bem.
Pois é amor, na hora do cara-a-cara, foi só seu advogado, aquele maldito ser frio de oculos que só segue um roteiro pré definido empunhando uma caneta chique, eu lá com a minha bique, com a tampa mordida esperando os papéis para assinar. Travei, o coração desparou o suor corria gelado, bateu saudade, vontade, de você...
Se era seu desejo, assinei, marquei lá, mas por quê?
Quem vai ficar com o cachorro, a empregada e a tv? Pouco me importa! Eu queria estar do seu lado, aos fins de semana vendo a tosca programação brasileira da tv, dividir a cama, para de chamar as coisas de minha e começar a chamá-las de nossas!
Eu quero ter você na minha vida, de feira a domingo, começando pela segunda e sem hora para acabar!
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