quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Balada do Louco #2


Pai nosso que estás no céu, de meia em meia noite, com um pedaço de queijo das crateras lunares a benção!


Faça de minhas mãos os instrumentos para aumentar a loucura alheia e abalar a mórbida normalidade, que os caretas e retrocados burocratas se iluminem com a luz amarela de meus dentes podres de alegria. Que toda a palhaçada seja lembrada e entoada como hino nacional da pátria dos apatriados! Que as desculpas sejam trocadas por elogios, que os relógios soltem espirros de água nas faces dos mal humorados e que no final que se viva a vida num fio crespo da doce melancólica chamada assolam!


Pai, oh Pai, dá-me duas horas a mais em meu dia, retira o preço dos couveres dos stande upes de comédia dos botecos porque no final a conta com mais os dez por cento do garçom pesam no troco do busu. Que a alegria seja difundida, que toda a loucura perdoada, que o riso seja liberado, que jiló seja instinto e o filhote da galinha é o … e o time mais bonito do mundo o Tabajara seja reconhecido. Que Agonia do Osvaldo Montenegro seja esquecida, o vice presidente Zé Alencar permaneça mais um tempinho vivo e o mais importante Senhor, que Chaves nunca deixe de passar!


E viva Pai, aquele louco que se permitiu rir mais um pouco da piada feita pruma loira, prum português na mesa do bar, porque o gostoso sempre foi rir, não importa sem meia hora depois, mas o importante é rir.



Amém

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